Descomplicando a dieta

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Açucar não engorda!

Brasil poderá produzir um açúcar que não engorda, não provoca cáries e pode ser usado por diabéticos. Produto já é utilizado em paíse do hemisfério norte

Brasil poderá produzir um açúcar que não engorda e não provoca cáries e pode ser usado por diabéticos
Graças a uma tecnologia desenvolvida pela Universidade de Campinas (Unicamp) o Brasil poderá produzir um tipo de açúcar já usado no exterior que não engorda, não provoca cáries e pode ser usado por diabéticos.  Trata-se do açúcar FOS (fruto-oligossacarídeos).

O novo produto não engorda porque sua molécula é muito grande para ser quebrada pelo organismo. Ele é absorvido apenas pelos micro-organismos que vivem na parte final do intestino, daí seu papel probiótico. Ao ingerirem o açúcar, esses organismos crescem e ajudam no tratamento de algumas enfermidades, como problemas de absorção de cálcio, diabetes e câncer.

Por causa do seu tamanho, o FOS também não consegue ser metabolizado pelos organismos que ficam alojados na boca e que causam a cárie e as placas dentárias. Esse tipo de açúcar não é tão doce quanto o açúcar de mesa (têm cerca de 60% da doçura da sacarose), porém são mais finos e mais brancos.

O FOS já é conhecido e usado com maior frequência em países do hemisfério norte, inclusive em produtos voltados para diabéticos. No Brasil, seu consumo ainda é restrito. De acordo com Elizama Aguiar de Oliveira, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp e autora do estudo, é possível encontrar no Brasil alguns produtos que já contenham FOS. A variabilidade, no entanto, é pequena em função dos custos. Uma lata de leite em pó com FOS, por exemplo, tem preços entre 20 e 40 reais. "Se produzido nacionalmente, esses custos podem ser reduzidos", diz.

A metodologia desenvolvida por Elizama emprega uma liga de nióbio (um minério usado em alguns tipos de aços inoxidáveis) e de grafite para imobilizar a enzima que irá produzir o açúcar. Imobilizando a enzima nesse minério, evita-se que ela se dissolva e o resultado obtido é um xarope rico em oligossacarídeos, sacarose, frutose e glicose. Em seguida é feita a purificação, na qual os subprodutos são separados e os oligossacarídeos são encaminhados para o setor industrial, quando vários produtos com FOS poderão ser processados – como chicletes, balas, sorvetes e pães.

"Não existe contraindicação, o único cuidado é evitar o exagero no consumo, que pode causar cólicas e diarreias", diz Elizama. Segundo a pesquisadora, alguns estudos estimam que o ideal será um consumo máximo de 6 a 10 gramas do FOS por dia. "Mas essa quantia varia muito, depende da maneira que o organismo da pessoa responde ao produto", diz.

De acordo com a engenheira, mesmo com a riqueza de matéria-prima para o FOS no país, eles são pouco processados no Brasil. A maioria do que é hoje comercializado vem da Europa, do Japão e dos Estados Unidos, regiões onde os fruto-oligossacarídeos são ingeridos de maneira mais variada. Nesses lugares, ele é empregado em produtos como chicletes, sorvetes, biscoitos, doces, sucos e na linha de alimentação infantil e animal.


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